23 de novembro de 2008

MUDO

OS MAGROS COMEM
OS SURDOS FALAM
OS POETAS AMAM
OS POBRES AJUDAM
OS BONS PERDEM
OS CEGOS SENTEM
OS MORTOS DIZEM
OS TIMIDOS GRITAM
OS PADRES PECAM
OS REIS PRECISAM
OS RICOS PEDEM
OS SUJOS ABRAÇAM
OS LOUCOS ACERTAM
OS SOLITÁRIOS AGRUPAM
OS PERDIDOS ACOSTUMAM
OS ACHADOS SE PERDEM
OS ESSENCIAIS MORREM
OS MEDROSOS FAZEM
OS TRISTES SORRIEM
OS PALHAÇOS CASAM
OS CARECAS LUSTRAM
OS SAPATOS ANDAM
OS SOLTEIROS BUSCAM
OS DESESPERADOS ACHAM
OS CORAÇÕES ESFRIAM
OS PENSAMENTOS CAEM
OS PRESOS PODEM
OS CIVIS MASCARAM
OS COMPRIMENTOS AFASTAM
OS VAZIOS LIVRAM
OS SUICIDAS TÊM
OS ANIMAIS SABEM

OS CORAÇÕES SABEM
OS TIMIDOS AMAM
OS MAGROS CASAM
OS POETAS DIZEM

ALGUMAS COISAS DEVEM SER DITAS.

7 de novembro de 2008

FOI ENGANO

"Mesmo que as palavras sejam esquecidas, a presença não seja constante e os caminhos se tornem diferentes, tenha certeza de que: nunca vou me esquecer de você."

Essa foi a mensagem que recebi no celular no último sábado as 17:24. Gelei! Primeiro porque não conhecia o número de quem me mandou essa mensagem. Depois porque parece ser uma pessoa que realmente gosta de mim.
Pode ser um pouco de presunçoso de minha parte mais foi isso que eu achei, que alguém que realmente gostava de mim, talvez tivesse me amado um dia, se lembrou de mim naquela hora. Fiquei pensando, tentando descobrir quem podia ser. Perguntei a uns amigos se eles conheciam aquele número. Cheguei a conferir na lista telefônica quais cidades tinham aquele código de área. Ninguém veio a cabeça. As vezes é bom saber que alguém gosta da gente. Mas não foi dessa vez, porque não sei quem foi.
Esfriando a cabeça eu conformei que provavelmente foi um engano.
Será que existe sentimento por engano?
É possível amar por engano?
Várias vezes, conversando com meus amigos concluímos que é muito provável que, numa amizade entre um homem e uma mulher, algumas das partes vai confundir as coisas e achar que tá rolando algo. Seria esse um exemplo de amor por engano ou a pessoa não está enganada do seu sentimento. Pode ser que o amor seja real. Apesar disso acredito em amizade sincera e pura entre sexos opostos.
Não se engane com frequência achando que o que você sente é um engano.
Eu me enganei muitas vezes deixando as situações passarem. Talvez ainda seja bobo o suficiente pra deixar que isso aconteça. Mas pretendo mudar.
Se você me mandou essa mensagem anônima achando que eu acharia ruim se enganou. Fiquei muito feliz por saber que alguém lembra de mim. Se realmente foi um engano, ignore esse texto. Talvez ele seja um engano...

31 de outubro de 2008

FLOR DE PLÁSTICO

"O amor é uma flor roxa
que nasce no coração dos trouxas!"

Trouxa sou eu.
Que que a rego sempre
com lágrimas de dúvidas,
que brotam dos olhos
quando o desabrochar da flor
me mostra que,
mais bela que ela
é a donzela que a plantou.

Quisera eu não precisar chorar.
Não cuidar de um amor que
só em meu coração plantado está.
Sem lágrimas a flor morreria.
De roxa a negra passaria.

Nesses momentos de que vale a rima,
de que vale a sina de amar?
Pra que lágrimas se só eu as tenho
e as mantenho pra esse amor regar.
Param as lágrimas e a flor continua
o amor perpetua.

Trouxa sou eu
deixei que plantassem
em meu fértil coração
uma flor de plástico.
As flores de plástico não morrem.
Seria eterno esse amor
enquanto fosse eterno
esse trouxa coração.

Daí pra nada serviriam as lágrimas?
Não haveria o desabrochar das flores,
não teriam lembranças da donzela,
não haveria saudade,
não haveria dor,
não haveria amor.

30 de setembro de 2008

UM DIA ESPECIAL

Hoje foi um dia especial. Especial como todos os outros. Agradeço a Deus por estar bem, por ter sustento e saúde. Por providenciar um futuro, mesmo que incerto, pra mim, mas conhecido pra Ele. Hoje foi um dia especial. Normal como qualquer outro! Acordei tarde, almocei no café da manhã, estudei toda a tarde, mesmo sendo feriado em Viçosa. Fiquei na expectativa do filme que estava terminando de baixar. E assinti ao filme! (Across the Universe, recomendo!)
Especial o dia, como qualquer outro! Até que lembrei-me de uma pessoa, e meu dia passou a ser especial e diferente dos outros dias. Essa pessoa poderia ser o amor da minha vida, um ídolo... Não é nada disso.
Essa pessoa é alguém que conheço a vida toda. É uma daquelas que, a partir de um certo período, passa a fazer diferença na sua vida. Depois disso você não é o mesmo. Passa a ser influenciado por ela. Se tornam melhores amigos; confidentes. Um entende o outro. E o outro entendo o um!
É difícil definir relacionamentos assim. Nos tornamos irmão mesmo não sendo.
O triste e que as circunstâncias da vida as vezes separam-nos. E a distância física, muitas vezes, interfere na distância afetiva. Não é que o amor diminua. Ou que a amizade tenha acabado. Mas a saudade, com o tempo, não dói tanto. O amigo confidente é substituído. Os encontros se tornam raros. Mesmo pela Internet.
Ontem, essa pessoa, completou mais um ano de vida. E eu tô distante. Distante o suficiente pra não dar um abraço. Pra não festejar com ela. Mas essa distância não me impede de lembrar dela. De ficar feliz por ela. Pois, apesar da distância, as memórias e emoções vividas juntas permanecem.
Lembrei-me de você. Desde cedo. Fiquei feliz! Fiquei triste! Mas isso não me impediu de te desejar tudo de bom. De pedir por você a Deus. De escrever um texto. Te de desejar felicidades.
Parabéns!

24 de setembro de 2008

FAZ DIFERENÇA?

Opiniões. Ouvimos elas todos os dias. Damos as nossas sempre que podemos. Temos opinião sobre tudo. Sempre temos algo a dizer. As vezes não as dizemos, mas as temos.
Vivemos cercados por pontos de vista diferentes. As pessoas criam conceitos sobre as coisas, e esses conceitos são a base do nosso viver. Se eu acho que usar drogas é errado então não as usarei! Mas se meus amigos acham que usar drogas é legal, me sinto constrangido a concordar com eles. Será mesmo que a opinião dos outros devem prevalecer à minha?
Qual seria o mais sensato, neste caso, a opinião dos seus amigos te influenciar ou a sua opinião influenciar os seus amigos?
Ouvi esses dias alguns amigos me dizerem pra não me preocupar com a opinião dos outros. Pra eu ser eu mesmo, independente do que acham de mim. Tá, eu assumo que tenho problemas com isso também! Não é fácil saber que os outros não concordam com você ou não gostam do que faz. Temos a tendência de querer agradar a todos. Não é possível fazer, em um único almoço, a comida preferida de todos! Alguém vai comer feliz da vida e, talvez, alguém nem coma!
O que martela esses dias em minha mente é: minha opinião deve influenciar meus amigos!
Talvez você diga que é egoísmo. Que a opinião dos meus amigos deveria me influenciar também.
Tá, você talvez esteja certo se estiver vendo do mesmo ângulo que eu! Não vou usar drogas se meus amigos acharem que devo. E por que não? Porque vai contra minha opinião! A não ser que me provem o contrário e eu venha a mudar de opinião.
Engraçado que ouvi a opinião de uns dizendo pra eu não me importar com a opinião do outro!
Tá! Falei de mais, já to dando voltas.
Como concluir meu pensamento?
Até que ponto a opinião faz diferença? Até que ponto MINHA opinião faz diferença? Por exemplo: escrevo neste blog sem saber se alguém o lê! Se minhas ideias fazem diferença pra alguém não sei. Mas te digo uma coisa, faz muita diferença pra mim!
Como já disse anteriormente, só a opinião de Cristo prevalece à minha opinião!
E o que tenho orado é que eu aprenda cada dia mais a ouvir a opinião de Cristo e me despreocupar com a opinião dos outros.

22 de setembro de 2008

VÔMITO

Acabo de voltar de uma viagem maravilhosa para Cabo Frio. Fui com o Coral da UFV ao Encontro Internacional de Corais. Mas apesar de muitas coisas pra contar e mostrar eu escrevo hoje porque estou triste.
Depois de ver as maravilhas de Deus naquele lugar, de poder conhecer novas pessoas e criar laços de amizades com outras, de cantar boa música e ouvir tantas outras, o que sinto é tristeza. Não tristeza por ter acabado, mas porque isso tudo me fez rever algo que a muito tempo tenho mastigado. E ontem eu vomitei.
Me preocupo com o que os outros pensam sobre mim. O problema é que sendo quem sou me vêem como não sou. E isso me incomodou. Será que existe alguém dentro de mim que nem eu mesmo conheço! E sinceramente, se Deus o permitiu ficar oculto até agora, quero que continue lá! Não quero conhecê-lo. Mas ao mesmo tempo quero que as pessoas me vejam...
Parei a frase ao meio porque não sei se era isso que queria dizer. Quero que as pessoas me vejam como eu me vejo. Será que isso dá certo?
Até que ponto podemos "manipular"quem somos? Não sou um cara galinha! Mas será que consigo que alguém me veja assim? Seria certo?
Sinceramente acho que não. Mas também não sei como agir diante desse dilema. Continuo deixando que as pessoas vejam uma pessoa que não sou ou tento mudar minha imagem? E se escolhesse a segunda opção, o que faria pra mudá-la?
Só sei de uma coisa, essa dúvida não deve persistir. E a pessoa que com certeza me daria as respostas corretas é Deus. Espero que Ele me ajude. Sei que Ele vai me ajudar.

17 de setembro de 2008

O ONTEM é história.
O AMANHÃ é um mistério.
Mas o HOJE é uma dádiva. Por isso que se chama presente!

16 de setembro de 2008

ERROS

Fiz uma prova hoje, de Concreto Protendido. Em uma outra ocasião explico pra vocês o que vem a ser isso. Pois bem, foi a primeira prova da matéria e do professor, ou seja, não tinha a menor noção de como seria. Estudei pra caramba, tentando entender e decorar as coisas mias difíceis. E fui pra prova. Muito nervoso! Quando peguei a prova fiquei mais tranquilo. Sabia responder as teóricas e as práticas. Só que, no meio da quinta questão percebi que havia errado algo. Dito e feito! Sabia até onde estava o erro. Só que, na preocupação de entender as coisas difíceis esqueci de me focar nas elementares. Uma unidade de massa específica. Nada me fazia lembrar! Fiquei aproximadamente uma hora discorrendo sobre esse erro ou se era outra coisa. E o mais chato é saber fazer toda a questão e um detalhe que um engenheiro civil deveria saber de cor eu não lembrava. Isso me faz um engenheiro pior que os outros? E por ser tão óbvio, fiquei com receio de perguntar o professor. Aliás ele já fez alguns discursos sobre estudar e memória. Eu não estou fazendo nada do que ele sugeriu. E perguntar a alguém que sabe mais que a gente, principalmente demonstrando uma de suas fraquezas e defeitos é complicado. Por fim entreguei a prova, sabendo que estava errado e sem pedir ajuda pra ele.
Voltando pra casa super decepcionado comecei a pensar nos erros que cometo na minha vida, no meu cotidiano. O triste é que são situações bem parecidas! Cometemos erros, vários, e muitas vezes sabemos onde erramos. Tentamos sozinhos deixar de comete-los. Mas muitas vezes é complicado. Pelo menos eu acho. Só que a vergonha ou o receio de contar a alguém seu erro o impede de pedir ajuda. E ficamos sofrendo sozinhos. Quebrando a cabeça. Mas continuamos no erro.
Não é fácil passar por provações sozinhos. Assim como não é fácil fazer uma prova! A diferença é que na prova, se você for muito ruim, ainda tem uma chance no final do período ou no próximo período! Na vida não é bem assim. Se deixar a vida errada, e entregá-la assim, já era! O única forma de não ser reprovado na vida é pedir ajuda. E a pessoa que mais facilmente te ajudaria é Cristo. Ele tá sempre pronto a nos ajudar a sair do erro. Não tenha receio ou vergonha d'Ele. Não cometa o erro de não pedir ajuda. Se você não tem intimidade com Ele, ou não sabe como fazer isso, peça ajuda a um amigo. Com certeza ele terá um conselho e te ajudará. E se não tiver um amigo, estou aqui pra isso.

13 de setembro de 2008

MEDO DO PRIMEIRO BANCO


Acabei de chegar da Igreja, estava na reunião dos jovens. E observando a galera percebi e refleti sobre algo: Ninguém sentou no primeiro banco. E isso não acontece apenas na igreja, na faculdade também. As pessoas sentam na frente, mas nunca nas primeiras cadeiras. E fiquei imaginando o motivo desse comportamento coletivo mas tão individual.
Brasileiro adora filas. É o que dizem por aí! Viu uma fila, entrou, sem nem saber o motivo! E quando o motivo da fila é boa (comida ou dinheiro de graça, vaga de emprego, marcar consulta pelo SUS) queremos e as vezes brigamos pra ser o primeiro. Queremos estar visível e no lugar certo para receber uma coisa boa. Prontos para ver o que vai acontecer. Principalmente quando é de nosso interesse. Em compensação, quando o motivo não é muito dos agradáveis, (tomar uma vacina, fazer um teste ou prova, responder uma pergunta difícil) não queremos ser os primeiros. Queremos ter certeza do que vai acontecer. Ver como é. Saber a opinião dos outros para depois tomar a sua decisão. Ser o primeiro é estar vulnerável. É dar a cara a tapa. Muitas vezes não é bem assim, mas...
Então, qual devia ser nossa colocação ao procurar um lugar pra sentar na igreja ou escola? Vamos lá por algo que nos interesse? Vamos receber algo de bom ou útil?
Queremos participar de prontidão ou estamos lá pra ver como é, saber como me comportar ante essa situação ou ver a reação alheia?
Pessoalmente acho que em ambas as situações o que receberemos é de grande utilidade. Conhecimento e informação são preciosidades que devem ser absorvidas e adquiridas tanto quanto possível. Principalmente na igreja onde recebemos informação e conhecimento direto de Deus através de sua palavra, a Bíblia.
O fato é que onde convivo as pessoas evitam o primeiro banco. E eu faço parte dessa atitude “coletiva individual”. Será que estou lá realmente pronto pra receber o que Deus tem pra mim ou meio receoso esperando ver o que é, ou como é pra depois querer minha parte?
E ainda, será que da próxima vez terei coragem de sentar, mesmo que sozinho, no primeiro banco?

8 de setembro de 2008

DECISÕES


Fiquei uns dias sem escrever. E é por um motivo simples: sobre o que escrever?
Nesses últimos dias vi alguns filmes, conversei com amigos sobre assuntos polêmicos, discuti com o meu irmão mais novo, tentei construir novos relacionamentos e posso dizer até que afastar de outros.

Poderia ter escrito sobre coisas que não eram o que eu queria escrever mas o que vocês gostariam de ler. E tomar essa decisão foi difícil.
Engraçado que tomar uma decisão dessas é difícil, mas escolher o que comer, o que falar, com quem sair pra conversar ou aonde ir é fácil. Para alguns não. Diariamente tomo minhas decisões, e essa semana não foi diferente.

A vida nos apresenta situações em que não dá pra avançar sem fazer uma escolha. E tenho medo de decidir errado. Mas essa é a aventura de escolher. Como saber o depois? Como saber como as pessoas reagirão à sua decisão? Pensar nelas para escolher é a pior decisão a se tomar. E foi essa a decisão mais importante que tomei essa semana. Porque me preocupar com os outros? Porque não dizer o que já deveria ter dito? Por que não ?

Só há uma coisa acima do meu poder de decisão. E é com Ele que devo me importar. Nada mais importa.

4 de setembro de 2008

Respostas

O mundo em que vivemos atingiu um patamar social e econômico desesperador. Cada vez mais afundamos em um buraco que a humanidade vem cavando a milênios. Cavamos em busca do ouro e de metais, cavamos em busca do petróleo, limpamos terreno e plantamos. Claro que tudo isso não foi pura ganância, lutamos por sobrevivência, por energia barata e eficiente, por alimentos suficientes para alimentar a população mundial.
Não é bem assim que vejo as coisas. O ouro é de poucos. O mundo continua com fome. A terra (e tudo o que nela há) tem sido monopolizada. E tudo isso têm deixado efeitos colaterais que afetam cada vez menos a minoria monopolizadora.
Efeito estufa. O degelo dos pólos. A elevação do nível do mar. A desertificação de grandes áreas. Quem sofre com tudo isso somos nós, pobres mortais, que nem ouro temos, e muitas vezes nem o alimento necessário para nossa sobrevivência.
O homem vem a cada dia “evoluindo”. Expandimos horizontes, enxergarmos mais longe. Buscando respostas para todos esses problemas criados por eles mesmos. E com isso novas tecnologias e técnicas têm aparecido por aí. Soluções muitas vezes caríssimas para problemas cada vez mais comuns e visíveis. Já que é a grande massa desfavorecida que paga o pato, imagino que as soluções deveriam ser acessíveis e disponibilizadas para ela.

Encontrei na internet ontem dois exemplos para a falta de interesse em resolver esses problemas favorecendo a grande massa.


Arcas de Noé

O arquiteto belga Vincent Callebaut , pensando nas cidades litorâneas que provavelmente desaparecerão com a elevação do nível do mar, idealizou uma cidade flutuante. Com capacidade para 500 mil habitantes, seria totalmente ecológica e sustentável. Com turbinas de energia eólica, placas solares, processo de dessanilização da água do mar e armazenamento de água da chuva. Imensos complexos que poderiam levar tudo o que o ser humano precisa pra viver. E não somente humanos, mas toda uma biodiversidade impressionante. Criaríamos mundos que bóiam, sem necessidade de contato com a terra. Seriam cidades a deriva. Será que com todo o potencial que o planeta oferece hoje não seriamos capazes de alojar a população expulsa pelo avanço do mar? E quem seriam esses 500 mil? Será que no caso do Rio de Janeiro, por exemplo, disponibilizariam um bloco para a favela da Rocinha?




Opressão Egípcia


Os arquitetos de Dubai almejam construir um complexo em forma de pirâmide com base de 2,5 quilômetros e altura total de 1,2 quilômetros. Seria uma cidade vertical com capacidade para 1 milhão de pessoas, ocupando 10% da área normalmente ocupada por uma população desse tamanho. Geraria sua própria energia através de energia solar e eólica. Teria um sistema de elevadores e trilhos que ligariam todos os prédios do complexo. Além de um sistema de segurança que determinaria em que área cada pessoa poderia transitar. Uma gigantesca e monumental construção realmente digna de um faraó. No antigo Egito, só os faraós e suas riquezas eram dignos de permanecer nas grandes pirâmides. Os escravos hebreus eram os responsáveis por todo o esforço de erguer as tão monumentais catacumbas. Quem seriam os tão grandiosos faraós do nosso milênio capazes de bancar tão audacioso projeto? Os responsáveis pela limpeza e cozinha de tal lugar seriam dignos de ter um aposento nessa “pirâmide high tech”? Claro que sim! Para que estivessem vinte e quatro horas disponíveis para o trabalho.

Com que visão tem se desenvolvido novas tecnologias? O homem precisa pensar mais no próximo. O vizinho, o menino de rua, os que passam fome, os que não tem onde morar ou simplesmente em nós mesmos, gente simples, em busca de respostas simples.
Não pretendo me formar engenheiro para construir a oitava maravilha do mundo moderno ou projetar ilusões fabulosas. Quero construir casas. Quero projetar um futuro. Quero poder encontrar soluções cabíveis para problemas visíveis. Quero poder responder.