3 de outubro de 2009

MULHERES

Inebriantes criaturas formada a partir de uma costela. Deus é poderoso mesmo, conseguir fazer o que fez com uma costela... só Ele mesmo! Conseguir juntar em um único ser delicadeza e força, maturidade e incertezas, amores e lágrimas, seios e tpm's, charme e vaidade, determinação e desespero, destreza e medo de barata. Tantos paradigmas, tantas variações e combinações que fazem delas poderosas armas contra os homens. "A revolta das costelas perdidas", seria um bom nome pra filme. Mas bobos e obedientes. Deus tira a costela da gente e a gente a quer de volta. E Deus mesmo ordenou que voltássemos a ser "uma só carne". Por que sempre isso?
É difícil entendê-las, fácil amá-las. Quer ver:
Ela acorda de cara amassada, cabelos dentro de uma meia calça amarrada pra servir de touca, olhos inchados e coluna dolorida. Só sai quando está maquiada, penteada, bem vestida e em cima de um salto. Ela tem um alvo, não sairia despreparada. O corpo não está a mostra, mas instiga. O decote é discreto, mas provocante. O cabelo está solto, dando ainda mais movimento ao andado, equilibrando o balanço dos quadris. Ela força um leve rebolado a cada passo. Seu perfume é tirado da mais cheirosa flor. Digno de ser citado pelo mais romântico poeta. Ele vê o alvo, muda o percurso, vai passar na frente dele, é provocante. Finge que ignora, mas quer chamar a atenção.
E é lógico consegue. Então para, e antes que você consiga comentar com seu amigo sobre a escultura divina que passou na sua frente, ela joga os cabelos, e te encara, parecendo que foi sem querer e seu queixo cai. Ela alcançou seu objetivo. Agora é hora de dele alcançar o seu. E o dela de se fazer de difícil. E ele chega cheio de papinho, que não serve pra nada, ela é inteligente o suficiente pra deixar as cantadas baratas no chinelo. O papo é outro. Ela quer conhecer o cara. Não apenas cair numa armadilha mal armada. Aliás, ela é quem tem armado a armadilha. Então ela percebe que o cara não era tudo o que ela imaginava (elas são muito boas nisso!). E ele percebe que ela é a mulher da vida dele. Depois de um tempo relutando ela se deixa convencer e o torna o homem mais feliz do mundo. Mas quando ele se decepciona com o tanto de areia que tá caindo do caminhão e termina o relacionamento, ela sofre. Sofre como se tivesse perdido alguém que sempre amou e esteve do seu lado. Iludidas, apesar de tudo. Mas quando o relacionamento dá certo e se casam, passando a conhecer plenamente o que era a vida a dois com ela e a importância do suporte que ela dá, o homem vira escravo do sentimento maior. E tentam, sem muito sucesso, deixá-la sempre feliz. Mas isso é quase impossível, então ela desiste do casamento. E ele chora como se ela tivesse morrido.
Confusas sim, complicadas também. Mas uma deliciosa aventura e um risco totalmente corrível.
Qualquer lógica não faz sentido perto de pessoas como elas.
Qualquer método insuficiente pra desvendar seus enigmas e mistérios.
Qualquer trouxa se apaixona.
Se a sociedade caminha pro fundo do posso, o fundo do posso somos nós, porque as mulheres prevalecerão!
Difícil viver com elas, impossível viver sem elas.