24 de julho de 2009

ABRAÇO NEGADO

Estava eu de braços abertos.
Disposto a dar e receber,
Disposto a dedicar-me.
Errar e acertar.
Queria um algo a mais,
Queria dizer um oi.
Um seja bem vinda!
Um te ...
Mas diante dessa cena lamentável
De perspectiva dúbia
Ao invés de responder ao abraço
Ela estendeu a mão.
Um simples aperto,
E nem tão apertado assim.
Era um adeus.
Queria um oi, mas foi um adeus.
Precisava ao menos de desilusão.
Mas nenhuma dúvida pairou no ar.
Era uma despedida.
Não, simplesmente não.
O abraço ficou no ar,
O oi ecoou no infinito do pensar.
Pra que pensar?
Pra que questionar?

Ela abraçou um outro alguém.
Seguiu seu caminho.
Agora sozinho, com os braços ainda estendidos
Sinto o vento à proa dos sonhos.

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