20 de janeiro de 2010

CARTA DE AMOR A INGUÉM

Porque deveria gritar ao vento que te amo?

O vento não seria capaz de guardar essa verdade.

Espalharia aos quarto cantos o amor que é só seu.

Dividiria com as nuvens o sentimento que aquece meu ser.

Isso as faria chover.

Amo-te e não nego.

Mas também não espalho.

Não dividiria tamanha alegria com quem nada tem além de inveja.

Se o amor que construído está sobre base sólida de meus átrios e ventrículos os fazem pulsar por ninguém mais que tu, porque o ar que enche meus pulmões deveria sair pela boca espalhando esse segredo oculto em meu coração para aquele que não vêem razão em eu te amar?

Amo-te e não entrego esse amor a ninguém, a não ser tu.

Se cego estou, se corrompido por este amor, se chovendo de calor, se gritando de dor...

O que importa, senão o amor.

Amo-te e não nego. Berro ao vento que mantenha em segredo. Tenho medo de perder a quem ainda não tenho.

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